Fonte da Pipa

Fonte da Pipa

Fonte à beira rio entre o Ginjal (praia das lavadeiras) e Olho de Boi.

A designação está ligada à nascente existente no local e no modo de transporte.

Na época, era o mais importante manancial de água com que a população contava para seu abastecimento.

Moradores da vila, geralmente jovens, desciam diariamente à Fonte da Pipa e carregavam a água para casa em barris ou bilhas de barro.

Para além do auto abastecimento, havia ainda os aguadeiros, indivíduos que faziam dessa actividade o seu modo de vida e que comercializavam a água em barris de 20 litros, entregando-a directamente nas habitações.

Os aguadeiros, segundo José Júlio Ferraz, não pagavam contribuição ao Estado, sob condição de terem os barris cheiros de água para quando houvesse incêndio a despejarem nas caldeiras dos bombeiros.

Em 1921 a Câmara instalou uma bomba para elevar para Almada a água da Fonte da Pipa. E em 1922 inaugurou-se o chafariz público que ainda hoje se pode ver no largo José Alaiz, ai à beirinha da Rua Capitão Leitão.

Erigido pelo professor primário Alfredo Simões Pimenta, então presidente da Câmara, foi o primeiro que Almada teve para abastecimento da população.
Elementos recolhidos dos livros «Almada – Toponímia e História das Freguesias Urbanas» de R.H. Pereira de Sousa e «Almada Antiga e Moderna» de Alexandre M. Flores.

A Honra é virtude morta se a fome for atrás dela.
Quando a fome entrar a porta sai a honra p´la janela.
João Black

(Almadense; Aluno de A Voz do Operário, tipografo, redactor, repórter, director, fadista, poeta, etc.)

Do livro «Homens e mulheres vinculados às Terras de Almada» de Romeu Correia.